Antes era mais fácil escrever. As coisas vinham com mais velocidade a cabeça, e as linhas enchiam mais rápido as páginas.
A síndrome do papel em branco sempre foi uma grande desafio para qualquer pessoa, mas é notável a falta até de noticias atualmente. São casos marcantes? Sim, podem até ser. São fatos relevantes para a sociedade em geral? Revoltantes talvez. Mas falar durante meses de casos como, por exemplo, o espancamento de uma empregada por três moleques riquinhos, é no mínimo exagero. Ser capa da revista mais vendida do Brasil é no mínimo ridículo.
“Falar”, “escrever”, em nosso país é banal. Realmente nada acontece alem disso. Alguém sabe o que aconteceu por fim com o “caso Nardoni”? É como ter 15 minutos de fama, só que ao contrário. Você sabia que o mesmo cara que sofreu impeachment no começo dos anos noventa, agora governa um estado? Nada como tempo para fazer esquecer, não?
Deve ser difícil ser repórter. Afinal de contas, seu trabalho atualmente, é instantaneamente difundido. Ninguém leva crédito por ter divulgado que o Michael Jackson morreu. Tinha cobertura LIVE dele na UTI. Mais chato ainda, deve ser escrever uma revista inteira dedicada ao cara, sabendo que TODAS as revistas vão falar a MESMA coisa.
Cai um avião. Todas as capas são as mesmas. Governo rouba toda nossa grana na cara dura. Todas as capas são as mesmas. Doença mata 13
Isso é se levarmos em conta o fato de alguém da mídia ainda ligar pra alguém daqui saber de alguma coisa.
Peço desculpas pela demora (se é que tem alguém lendo! Favor manifestar-se!), mas é realmente difícil achar alguma coisa pra se escrever, que não seja totalmente batido. É fácil cair na contradição de desgostar da difamação das noticias, e ao difamá-las, se entregar a escrever sobre elas.

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