segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Industria Musical

Recentemente li uma reportagem sobre as mudanças da indústria da música na Bravo (nota mental: ler bravo não Veja), que iniciou uma discussão sobre a atualidade desse meio de entretenimento gigante em nossas vidas.

Antigamente, para se ouvir música, era necessária uma movimentação cultural. Ia-se a casas de espetáculo para ver orquestras, óperas e concertos de horas de duração, que contavam historias e tinham grande impacto cultural. Existia somente música ao vivo, o que tornava o exercício de ouvir música algo ritual e estritamente exclusivo, disponível apenas para a nata da sociedade. Produzir música era inalcançável, existiam pouquíssimos artistas reconhecidos e viver disso, ainda assim, era duro.

Com a evolução da tecnologia, tornou-se possível a gravação e a cultura musical mudou drasticamente. O Compacto tinha espaço suficiente para uma música de um lado e uma música do outro, diminuindo as peças orquestrais de horas de duração, para 10 minutos disponíveis. Milhares de estilos musicais passaram a existir devido a esse novo veículo, criando milhares de artistas, tornando a música muito mais acessível, tanto em matéria de consumo, quanto de produção. Esqueceu-se durante anos o conceito aplicado pelas sinfonias de contar uma historia linear, totalmente interligada. Surgia o Single.

Com o passar do tempo, foi possível produzir discos que tinham capacidade de armazenamento várias vezes maior. Com até 6 músicas de cada lado, tornando ainda mais acessível a música. Aos poucos era criado o conceito que predomina até hoje no meio musical, o Álbum, que consiste basicamente de 10/12 singles. Tornou-se possível novamente escrever peças músicas, e as bandas mais conceituais da época exploram com perfeição o ramo (vide Tommy - The Who).

Entretanto, ouvir música ainda era algo ritual. Era necessário pegar o grande disco de vinil e botar a vitrola para rodar quando se tinha vontade de escutar alguma coisa.

Várias novas tecnologias surgiram, sempre facilitando ainda mais a propagação do meio, mas a estrutura geral da indústria manteve-se a mesma. Veio a fita cassete e o CD, porém o conceito de álbum permaneceu imutável. Era relativamente fácil ser musico agora, não era fácil ser reconhecido e ganhar dinheiro com isso, mas era totalmente aceitável tentar.

Foi então que a internet bateu na porta de todas as casas do planeta e mudou tudo. Possivelmente numa terça feira (tem que ter sido numa teça, todo que realmente importa acontece numa terça), um gênio criou o Napster. O Napster consistia em um programa para livre troca de arquivos, em sua maioria MP3 (todo mundo sabe o que é mp3, né?) com isso, o acesso a música tornou-se “gratuito”, todos podiam ter todas as músicas, e ninguém nunca mais teria que aceitar as regras implicadas pela grande indústria da música!

Os artistas encararam a situação de diferentes formas, em sua maioria contra, tentaram lutar com todas as forças. Inultilmente. O Metallica abriu um processo, e ganhou, forçando o Napster a fechar, criando assim outros 500 programas com a mesma finalidade. O Pearl Jam teve uma abordagem diferente, gravou todos os shows de uma turnê, e os vendeu a preço de banana (nos EUA), com capas de papelão e sem encartes.

O que realmente aconteceu, é que todas as bandas acabaram cedendo. Atualmente os downloads são considerados normais. E incentiva-se a compra dos downloads legalmente, por programas como o Itunes, ou nos sites oficiais das bandas. Ou ainda, as bandas lançam edições de super luxo, com milhares de extras e coisas exclusivas.

No fim das contas, as duas grandes mudanças foram: A estrutura da indústria e a maneira como se ouve música hoje em dia. No primeiro caso, isso foi tão brutal, que, ao se viajar para Nova York atualmente, não se encontram mais lojas de CD, normalmente se baixa as músicas, ou se compra os CDs via internet. Com essa possibilidade, voltamos no tempo, para a época dos singles. Um artista pode gravar uma música por semana e lançá-la em seu site, ao invés de compor 15 músicas e ficar um ano sem liberar material novo. Em teoria, morre o conceito de álbum.

Quanto à outra mudança, altera o ritual de se ouvir música. Com os aparelhos de mp3, tem-se espaço suficiente para 15 mil músicas, e possibilidade de ouvi-las em qualquer lugar possível e imaginável, uma vez que a maioria dos aparelhos de mp3 é portátil e de relativo fácil acesso monetário, contrapondo-se totalmente aos antigos espetáculos e sua alta seleção.

Onde fica agora a cultura musical, usualmente lenta, com esse passo de gigante? Contamos atualmente com infinitos meios de distribuição de música; além do mp3, o Youtube vem desempenhando um papel importante, lançando diversos artistas independentes ao mundo e espalhando as músicas dos antigos numa velocidade nunca antes vista.

Contando com a popularização, espera-se agora um grande declínio da qualidade da música, ou uma mudança drástica em seu papel perante a sociedade, uma vez que qualquer um pode fazer música e liberá-la para o mundo, portanto, preste bastante atenção ao que se escuta, fazendo jus ao antigo ritual musical e dizendo não à surdez digital.

(peço perdao pela demora a escrever novos texto, entrentanto diferente de meu colega niponico, eu trabalho, e nao tenhos horas a fil pra torrar na internet achando videos insanos de pessoas fazendo beatbox e jogadores de sinuca q jogao a bola num sapato! mantenha o ritimo jazz!)

(ah jazz, btw, favor parar de postar com qualquer variaçao de cornos textos...ou poem tudo de uma cor soh, ou poem tudo branco mesmo...essa coisa arco-ires eh de blog de mina!)

e concordando com o jazz...favor comentar.

3 comentários:

@fre disse...

viva o download
=D

Gi =) disse...

Oie meninos! =) Viuuuu sr renato, eu entrei no seu blog!=**

Shi disse...

yeah fag
gostei do texto!! mandou bem =)
e realmente, não se encontra mais lojas de CD em Nova York como antigamente uhauahua
abraço